quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobrevoar no Festival de Blumenau

A temporada do espetáculo na Cia do Abração acabou, mas Sobrevoar já arruma suas malas para seu primeiro Festival em Blumenau que acontece em setembro de 2010.
E la vamos nós!

sábado, 26 de junho de 2010

Comentário de Flávio Jacobsen

O retrato de Dorian e os steampunks do Jardim Social. Isso é incrível

Vezes que sou Dorian Gray, vezes seu retrato. Fato que o tempo passa. Um sorriso me sai quando sou o retrato, que envelhece enquanto o homem permanece intocável.
Sábado fui assistir à Cia. Do Abração, lá no Jardim Social, em um barracão que dá vontade de tirar férias e ficar lá dentro, semanas inteiras, lendo e pesquisando.
Grupo de processo, essas coisas. Ai que medo. Texto coletivo, ai meu deus. Coisas que temo. Infantil, ai meu deus de novo. Coisa séria. Fiquei pensando que: será que eles fazem aqueles exercícios do tipo “agora sou uma árvore”? Já participei de tudo isso nos tempos de Lua Nova, do mestre Laerte Ortega. O teatro para a vida, alguns. A vida para o teatro, outros. Fato que ninguém sai o mesmo depois de um processo.
Comigo tudo se deu em um momento difícil da vida, como se ter 18 anos já não fosse por si só uma coisa de dar medo. As cobranças, atitude, postura política, descobertas estéticas, morais, sexuais. No processo que passei, tendo como pano de fundo um espetáculo simplesmente genial em que uma noite de circo fazia vir abaixo toda uma lona, em metáfora que faz referência às estruturas que temos todos, por nos sustentar. Todo circo é sustentado por apenas uma pilastra. Ela vindo abaixo, tudo cai. “O mundo é um ovo. Quem quiser nascer, tem que destruir um mundo” (Hermann Hesse). Naquele espetáculo, Padu, carrasco e dono do circo, vê-se ante um motim, em que todos os artistas em que pisava e humilhava se revoltam, numa noite de espetáculo, destruindo tudo. A lição que fica é que cada um sai dali montando seu próprio circo, adiante. Outra coisa curiosa é que tudo isso aconteceu também dentro do grupo, imitando a história que encenávamos. Arte que imita a vida, e vice versa. Segui meu caminho e estou aqui olhando para meu próprio retrato que envelhece, feito um Dorian Gray.
Enfim, já fiz processo, sei como é. O único problema que tenho com este tipo de grupo é que via de regra o “produto” final, o resultado do processo, ou seja, o espetáculo, é uma grande merda.
Não para minha surpresa, dado que sou muito chegado de algumas pessoas ligadas ao Abração, o espetáculo de sábado foi maravilhoso.
Sobrevoar, a peça, texto de criação coletiva (ai meu deus), trata da vida de Alberto Santos Dumont, personagem pelo qual sempre tive grande fascínio. O ponto de vista é o sonho. O alvo, a criança. Inventor, o jovem Alberto “do mundo” sonhava desde novo realizar o velho sonho (quantas vezes terei de escrever esta palavra?) do homem voar. O espetáculo, para quem não conhece a vida do pai da aviação, serve de fato apenas às crianças. O que não restringe, ao contrário, diverte. A montagem é fascinante, com música primorosa, cenário inteligente e atuações de arrepiar.
Já para quem como eu conhece a vida e a história de Santos Dumont, o fascínio se duplica, algo que me levou às lágrimas. A bela passagem em que escreve a carta para a mãe. As decepções com os seguidos fracassos de suas tentativas. O chapeu como elemento de troca muito dinâmico (o chapeu foi também um acidente, lembrando), entre outros “truques” de montagem que são muito bacanas. Me tocou muito especialmente a magnífica metáfora com o personagem da lagarta. Algo como o gato de Alice.

Pra mim, a lagarta soa como o próprio Brasil. Gigante, imaturo, mas que tem por destino o inevitável, tornar-se borboleta e alçar voo. Ninguém segura este país. Nada pode parar o inevitável. Além, ainda vejo na lagarta a figura da princesa Isabel, exilada em França, num belo palácio, em cujos jardins Dumont caiu com um de seus inventos. Lá foi prontamente atendido, trocou sua gravata vermelha pra não ofender à princesa com sua preferência republicana (os homens daquela época tratavam as mulheres bem, isso é incrível). Assim fez nascer grande amizade e recebeu uma medalhinha de são Bento como presente e amuleto de proteção.
A peça tem uma estética steampunk em seu vestuário, o que torna tudo muito mais divertido e afeito ao período retratado. Aqueles homens incríveis e suas máquinas maravilhosas. Tente imaginar o período. A belle epoque, a era vitoriana, o fin de siécle, chamem como quiser. Aquele bando de loucos, homens que inventaram o mundo em que vivemos hoje. Trens, lâmpadas, carros, navios a vapor, relógios de pulso e, por que não, uma máquina de voar. Nada será como antes. Incrível.
O enredo dá como destino final o espaço sideral (salvo engano, Dumont morreu no mesmo dia em que décadas depois o homem pisaria a lua), deixando no ar (no ar!) a ideia de que nada é impossível. Tudo que hoje é real um dia já foi sonho. Deixa pra lá. A esta altura meu retrato de Dorian já escorria em lágrimas.
Saímos um pouco depois, com a moça do elenco a quem tenho apreço imensurável, e o amigo/irmão que me acompanhava, e ainda uns amigos dela. Agradável é pouco para descrever o momento e as conversas divertidas. Em tempo: a moça está pronta. Ela sabe.
Na mesma noite, ainda, fui a uma festa me despedir de uma amiga querida que pegaria um, vejam só, veículo mais pesado que o ar, rumo ao outro lado do Atlântico, dias depois. Isso é mesmo incrível.
...
Postado por Flávio Jacobsen às 14:21 no blogg: quebraderafc.blogspot.com

sábado, 19 de junho de 2010

A Coragem me faz voar!

HOJE TEM SOBREVOAR.

A semana passada nós da Cia do Abração estreamos o espetáculo “SobreVoar”, e agora para fazê-lo da melhor maneira possível, já começamos a trabalhar na obra. Ver vídeo, avaliar cenas, entender melhor o que estamos dizendo, aperfeiçoar a técnica, enfim... Nesse trabalho de aprimoramento do espetáculo eu me peguei durante toda essa semana pensando em um dos momentos do espetáculo que particularmente é de extrema profundidade para mim.

O trecho do espetáculo diz:

ALBERTINHO- Porque quando a gente cai, o mais difícil não levantar, o mais difícil é não ter medo de cair dinovo.

CORAGEM: Até os mais corajosos sentem medo. Vamos menino enfrente o perigo, não de seu tempo ao medo, e sim aos seus sonhos. Acima de toda tempestade, existe um céu imenso a navegar. Vamos continue...

Falar de coragem tem feito um sentido tão grande na minha vida, me deparo com pessoas tão especiais, tão talentosas e tão sem coragem. O que significa de fato essa palavra, além de um adjetivo usado com freqüência pelos super-heróis?

Definição segundo dicionário Michaelis:
co. ra.gem:
sf. (fr. ant. corage) 1 Força ou energia moral ante o perigo; ânimo, bravura, denodo, firmeza, intrepidez, ousadia. 2Constância, perseverança: Sofrer com coragem. 3 Desembaraço, franqueza, resolução. Antônimo: covardia, medo.

Encontrei essa poesia na internet, fala muito sobre a coragem que nós falamos no espetáculo.

Voa...
Nada te impedirá de voar...
Desprendido de teus fardos materiais
nem de asas precisarás.
Conquista os céus, os mares, as montanhas,
verbaliza o grito reprimido nas entranhas...
Não há mais chãos nem pedras pra te machucar,
nem mesmo correntes rangentes de amores banais.
Fronteiras hão de te deixar passar.

Voa...
Deixa o vento te levar...
Desvenda a beleza das cores que habita os arco-íris,
ouve, dos campos em flores, a poesia a declamar
a essência que se faz chama para inflamar
o frêmito de tua alma...
Revela os mistérios das profundezas dos oceanos
onde a vida silenciosa se movimenta
num tributo à paz...

Voa...
Desbrava o infinito... Sinta-se perdido
diante do belo...
Estabelece com ele um elo.
Batiza-te na prata lunar...
Derrama tua alma nua sobre as estrelas puras,
exala o brilho que sai dos poros teus
e num vôo descomunal e único,
agenda teu encontro com Deus.

Carmen Lúcia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SOBRE A ESTRÉIA


Bom no ultimo sábado 12 de Junho estreamos o espetáculo “Sobrevoar” aqui na sede da Cia do Abração, não faltou ansiedade, nervosismo, dores de barriga e tudo aquilo que acompanha toda estréia. Eu particularmente até terminar o espetáculo podia jurar que estava calmo, que tudo estava correndo bem, depois a gente descobre que estava acelerado demais, que errou umas coisinhas, que faltaram outras.

Mas no geral, foi LINDO! Falo por mim e pelas pessoas queridas presentes na estréia para assistir o espetáculo e sobrevoaram junto com a gente nesse novo sonho realizado pela Cia do Abração. Um espetáculo diferente, que é para criança sim!Que é para adulto sim! É acima de tudo para todas as pessoas que sonham! Que sentem saudade, medo, para todas as pessoas que querem voar.

Foi uma experiência muito boa participar desse processo desde a criação dramatúrgica onde descobrimos muito sobre a história que queríamos contar, poder viver essa experiência de fazer dos vôos de Santos Dumont uma busca pelos meus sonhos, pelos meus desejos, descobrir o que me faz voar, o que me faz cair, foi maravilhoso. Dividir os sonhos dos meus colegas de grupo, a busca de cada um para fortificar cada vez mais seu personagem.

Bom agora o sonho está ai, é hora de alimentá-lo de educá-lo para que ele cresça e torne cada vez mais possível fazer outras pessoas sonharem o nosso sonho. Fica o nosso convite á todos que queiram participar desse vôo, ficamos em cartaz até o dia 08 de agosto todos os sábados ás 18 horas e aos domingos ás 16 horas.

Aproveito a oportunidade para agradecer nossos apoiadores que nos possibilitaram fazer uma estréia mais do que especial.

Eduardo (Padaria América)

François (Delicies de France)

Jesus (Cini bebidas)

Alexandre (Barion Cia)

MUITO OBRIGADO

sábado, 29 de maio de 2010

ESTRÉIA SOBREVOAR

O menino que sonhou voar: Albertinho e o céu de Paris
Assessoria de Marketing: Rogerio Viana

Fotos divulgação - Lauro Borges
A Cia. do Abração, de Curitiba, estreará em 12 de junho de 2010, às 20h00, em sua sede, “SobreVoar”, sua nova montagem teatral que fala do menino Albertinho, seus sonhos, medos, desafios, obstáculos, persistência, coragem e as realizações que o levaram ao céu de Paris, cidade que o reconheceu como Santos Dumont, um brasileiro inventivo e destemido. O espetáculo será apresentado na sede da Cia. do Abração, no Bacacheri, aos sábados e domingos até o dia 8 de agosto. Durante este período, em dias e horários letivos, o espetáculo será apresentado conforme agendamento prévio, com escolas de Curitiba e foi produzido com o apoio do PAIC - Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba, da Prefeitura de Curitiba.

“SobreVoar” mostra Santos Dumont criança, na figura do menino Albertinho Dumundo. Ele, como tantas outras crianças, é apresentado como um menino que vive numa dimensão atemporal onde os desafios e os obstáculos aparecem em sonhos que se tornaram realidade após muitas tentativas, quedas e a coragem de recomeçar e de persistir. De acreditar que sempre é possível realizar seus sonhos mesmo quando as dificuldades aparecem instransponíveis ou irrealizáveis.

Os personagens habitam um espaço imaginário que pode ser, ao mesmo tempo, um hangar, uma oficina de criação, uma sala de estudos, em que se transformou o quarto do imaginativo menino Albertinho, sempre cercado por livros, dúvidas, sonhos e maravilhosas idéias em projetos mirabolantes.

Entre travesseiros, edredons, chapéus, abajur e uma mágica cama, o menino recebe a visita e dialoga com instigantes personagens: os “Engenheiros do Sonho”, uma improvável lagarta que sonha voar até a lua e as figuras desafiadoras da “Dúvida”, da “Curiosidade”, da “Auto Estima” e da “Coragem”, além de incrédulos franceses que se curvaram, depois, diante do que ele mostrou ao redor da Torre Eiffel e no céu de Paris.

O tempo é assinalado por um relógio “maluco” que pontua as ações dos personagens e dá saltos atemporais e inusitados nas descobertas que Albertinho faz e que revelam como ele conseguiu transformar a vaidade em um instrumento de improvisações e de inventividade. Todos os atores, em momentos especiais da montagem, vivem a experiência de serem Albertinho Dumundo.

“SobreVoar” é o sexto espetáculo montado pela Cia. do Abração para crianças de todas as idades e se realiza com a parceria da Abração Filmes e da Céu Vermelho Produções. A direção é de Letícia Guimarães e tem no elenco Felipe Custódio, Moira Albuquerque, Negra Silva e Simão Cunha. O texto foi produzido em processo colaborativo pelos atores com supervisão de dramaturgia de Letícia Guimarães.

Ficha técnica

Direção: Letícia Guimarães
Produção executiva: Fabiana Ferreira
Coreografia: Fabiana Ferreira
Cenografia: Marcelo Scalzo
Figurinos: Maureen Miranda
Adereços: Marcelo Scalzo e Maureen Miranda
Iluminação: Anry Aider
Sonoplastia: Karla Izidro
Arte gráfica: Blas Torres
Elenco: Felipe Custódio, Moira Albuquerque, Negra Silva e Simão Cunha.
Oficina espaço, corpo e som: Eliane Campelli
Preparação vocal: Alysson Siqueira e Karla Izidro
Preparação corporal: Fabiana Ferreira
Preparação de animação de objetos: Renato Perré


Serviço

SobreVoar – espetáculo teatral para crianças de todas as idades
Temporada: de 12 de junho a 8 de agosto de 2010
Horário: sábados, às 18:00 horas e domingos às 16:00 horas
Local: Sala Raul Cruz, sede da Cia. do Abração. Rua Paulo Ildefonso Assumpção, 725. Bacacheri
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Telefone: (41) 3362 9438
Capacidade: 60 pessoas
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: Livre, especialmente recomendada para crianças.

sábado, 8 de maio de 2010

Sobrevoando...

Estamos um tempo sem dar noticias sobre o processo do “Sobrevoar” né galera! Então vou deixar por aqui alguns comentários sobre essas últimas semanas do processo. Após terminamos a parte de criação da dramaturgia, começamos a nos dedicar na pesquisa dos personagens, na composição desses seres mágicos que vivem embaixo da cama e junto dos sonhos do menino Albertinho e é claro na Lagarta, que nesses últimos dias ganhou certo status, particularmente por mim certa afetação. Nesse processo de pesquisa onde é necessário repetir, repetir, repetir... Letícia nos lembra a importância e o cuidado de não congelar aquilo que estávamos fazendo desde o inicio do processo, para não perdermos a possibilidade de descobrir novas formas. Brilhante! Pegar o texto, olhar para ele e sentir qual a melhor forma de fazer aquilo foi maravilhoso, ver o quanto de cada um existe nesse processo, o que queríamos falar quando criamos essa ou aquela cena e qual a melhor forma de fazer isso. Se jogar profundamente dentro desse espetáculo que a cada dia ganha um novo brilho, uma nova força alça um novo vôo me faz apaixonar a cada instante e é isso que supera cansaço, mal-humor, preguiça, é entrar no ambiente sagrado onde todos os objetos que estamos utilizando na pesquisa desde o inicio estão dispostos para que eu crie um novo corpo, uma nova visão, amplie os sentidos e me entregue ao momento. Quero deixar um agradecimento especial a todos que vem participando do processo dessa obra, me sinto emocionado quando vejo tantas pessoas importantes pensando, pesquisando dando novas ferramentas para que Sobrevoar seja uma linda obra da Cia do Abração. Ao Renato Perré que essa semana nos dedicou seu tempo para dividir sua experiência como bonequeiro, e fez com que as cenas da Lagarta recebessem novas ferramentas e mais uma vez a Obra crescesse, saltasse, voasse. Aos meus amigos, irmãos, companheiros de grupo aquele agradecimento especial por tudo que venho aprendendo, crescendo, entendendo... Muito Obrigado e aquele Abraço. VOALÁ

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Notícias:Começo da gravação!


Bom desde o começo dos ensaios, a música das cenas está só na minha cabeça.Durante o processo eu apresento apenas uma célula, uma melodia, uma idéia, o resto está na minha "cadeca".
Hoje dividi essa idéia com outras pessoas que também tem um mundo de sons na cabeça, e nós gravamos algumas delas. É muito bom, partilhar música, só espero que elas sirvam para as cenas...hehehe.
Nesse primeiro dia nós gravamos a música para o prólogo e para as primeiras cenas, e é claro o rock! Não vejo a hora de botar pra fora as outras idéias q não páram de tocar nos meus neurônios! Quinta a gente vai gravar mais algumas e também trabalhar na mixagem. Quero agradecer ao grupo do qual faço parte o Pangea Musical,ao Bonin e ao meu professor Caio Nocklo, sem a camaradagem deles minhas idéias continuariam na minha cabeça. Passarinhos calmate,logo eu mostro elas pro ces!
Beijos!!!

domingo, 25 de abril de 2010

"SOMbreVoar"

Para mim este é um trabalho,como toda criação, de ousadia! E não podería ser diferente, essa é a essência com a qual estamos lidando... Muitas sementes já foram plantadas no "Sobrevoar", e estou tendo a honra de acompanhar o crescimento e até de regar uma delas,não sei qual fruto sairá desse plantio, mas todo fruto é bom por natureza. E é claro não agradará a todos os paladares... Mas a parte que me cabe que é cantar,cantarolar,musicar essa peça, é também um momento de vôo, a minha proposta é criar,compor e não apenas inserir  uma música para "dar um clima"... É um trabalho artesanal,instigante e de paciência.
Bom passarinhos vocês estão fazendo um ótimo trabalho e me inspirando muito!
Obrigada!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Nota Informativa: Dumont um Aeronauta!

Alberto Santos Dumont contorna a Torre Eiffel com o Dirigível Nº 6 e vence o prêmio Deutsch (19 out 1901)


Em 1898, o brasileiro Alberto Santos Dumont mudou-se para a capital francesa com o propósito de se tornar aeronauta. Logo que chegou, mandou fazer um pequeno balão esférico, de seda japonesa - o Brasil, com o qual voou com sucesso. Depois dessa experiência, resolveu encarar o maior desafio daquele momento: conferir dirigibilidade ao engenho, para que não voasse apenas ao sabor do vento. Assim, em setembro daquele ano, Santos Dumont construiu seu primeiro dirigível, que chamou de Nº 1. Ele tinha um motor a explosão (foi o pioneiro ao desenvolver dirigíveis usando motor à gasolina, mais leve que os motores a vapor ou eletricidade empregados na época, contrariando as opiniões da época de que um balão de hidrogênio não poderia usar um motor assim.) e possuía um balonete de ar para manter a pressão interna e o formato de charuto do balão. Com a força do motor, o novo veículo podia se movimentar contra o vento. E, através de um sistema de pesos e contrapesos, mudava de direção. Para evitar que as fagulhas do motor entrassem em combustão com o hidrogênio, Santos Dumont virou o cano de escape para baixo e pendurou-o bem distante do balão. O seu balão nº 2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 kg, o qual girava uma hélice a 1.200 rotações por minuto. O nº 2 deslocava-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava. No dia 19 de outubro de 1901, o cobiçado Prêmio Deutsch, no valor de 100.000 francos, foi conquistado por Santos Dumont.

segunda-feira, 29 de março de 2010

SEJA AUDACIOSO: NUNCA DEIXE DE VOAR!!!

Nunca deixe de voar
Voe sempre na direção de seus OBJETIVOS
Por mais ALTO que estejam
Você sempre irá alcançá-los
Às vezes se sentirá sozinho
Ou apenas mais um na multidão
Mas lembre nunca deixe de VOAR
Você encontrará obstáculos
Às vezes terá que VOLTAR ao início
E RECOMEÇAR tudo de novo
Terá vontade de abandonar tudo
Mas sempre terá alguém para ENCONRAJÁ-LO
Alguém que pode sempre contar com você
Que sabe que o CAMINHO é longo
Que haverão disputas
Mas saberá a importância do trabalho em EQUIPE
E que a cada CONQUISTA
Poderão comemorar juntos todas as VITÓRIA
Por isso nunca deixe de VOAR
Seja AUDACIOSO
Não espere o VENTO te levar
MERGULHE fundo em seus objetivos
Esteja sempre atento as OPORTUNIDADES
Pois elas o levarão a VÔOS AINDA MAIORES!!!

Autor desconhecido.

By Aline (Negra) Silva

quarta-feira, 24 de março de 2010

A frase esquecida...

"Medo não perdi a vontade de ter coragem."

Passageiros de um Sonho

Contato Imediato (Arnaldo Antunes)

Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear

No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal

Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer

Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou

Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você

No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu

Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação

Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador

Bom fica nosso convite para essa viagem, mas eu pergunto:

Para onde vamos?


Felipe Custódio

PRIMEIRO CONTATO

Me pego a recordar como meus projetos, minhas invenções

Trouxeram outras idéias que compartilhei com outras nações

Conto a vocês talvez em forma de metáfora meu destino

Que antes nunca tinha percebido

Sobre a DÚVIDA criei o impossível

Fiz o homem voar no impulso de meu sentido

Sentido este que me faz aterrissar quando penso que as barreiras qualquer um pode ultrapassar.

Pois bem, este sentido parece meio complicado

Algo criado por um cientista, algo friamente calculado

Porém, eu diria que seria mais simples, algo mais leve

Como um sopro quente e breve

De uma brisa que as nuvens carregam

E as dores do SILÊNCIO levam

Eu me lembro muito bem

Numa tarde SILENCIOSA como qualquer outra

Cortado pelo zumbido de uma senhora bem louca

Era pequena, rápida, esguia e bela

Apresento a você sua alteza: LIBÉLULA

Talvez aquela tarde não teria sido tão diferente

Se não fosse aquelas lindas borboletas

Ao posar nas cheirosas violetas

Chamando atenção minha e de vossa alteza...

A leveza e a velocidade das borboletas

Formando desenhos intricados de rara beleza

Trouxeram felicidade a sua alteza

Porém ficou triste ao perceber

Que maltratavam um pequeno ser

Que lutava para ver o céu entre as folhagens da relva

Só para ver o céu mais de perto, talvez sair daquela selva...

- Porque queres voar pequenina?

Se é um pequeno inseto sem serventia?

Falou uma das borboletas

Quieta analisou-as, olhou novamente para o céu azulado

E decidiu que a elas iria dar o trocado

- Um dia inventarei asas pra voar

Elas não perdem por esperar...

Ali observando aquelas palavras fiquei sentado

Vendo aquela situação preferi não interferi e ficar calado

O pequeno ser era uma lagarta miúda verde e sem graça

Que a todos servia de piada.

Achava que os pássaros, as borboletas eram símbolo de LIBERDADE

E decidiu inventar asas para desvendar tal verdade...

- Como começar? Como fazer-me voar?

Indagou-se a pequena lagarta faceira

- Acho que vou começar com as folhas de bananeira

No qual sei que vão funcionar!

E vi a tentativa frustrada do pequeno a saltar!

E lá estava a ela no chão a esborrachar...

Neste momento quando todos riam de sua tentativa

Só pensava que poderia ter outra idéia noutro dia, e noutro dia...

Até que um dia pudesse a aposta conseguir.

Acompanhei todas as suas tentativas de abrir asas e sair

E num dia igual a este quando fui vê-la

Estava ela com um pequeno balão de teia

Feita pela dona Aranhia e suas amigas....

Ela estava voando, na altura dos pássaros

Acima das borboletas ao lado de sua alteza

LIBÉLULA também conhecida como princesa

Das águas e dos ares do reino das realezas...

Entendi sua alegria por todos aqueles olhares

De inveja, ou repreensão por ver que a lagartinha

Finalmente voar conseguiria...

Mas quando estava a pairar sobre as arvores

Sentiu uma dor estranha naquela tarde

E decidiu seu balão pousar...

Recolheu-se para sua casa, seu casulo

E de lá não quis voltar...

As borboletas, os pássaros e sua Alteza

Ficaram intrigados por tal estranheza

E decidiram visitar a lagarta para ver se a ela algo melhorava...

Nada mudou por semanas e eu fiquei ali tentado entender

O que estava acontecendo com aquele pequeno ser...

Num dia quando voltei da escola, voltei correndo pra ver

Se algo mudara naquele pequeno ser...

E sim....Havia uma grande festa pois surgira no meio da floresta

A borboleta mais linda que todos já tinham visto falar

Mas não pude acreditar que esta seria aquela pequena lagartinha a se transformar...

E neste momento de festa ponho-me a perguntar:

Será que as borboletas lembram que já foram uma lagarta?
Será que a lagarta sabe que um dia vai voar?

domingo, 21 de março de 2010

Sonhos e Metas

Trabalhar com o teatro para crianças tem sido um enorme aprendizado. Antes do trabalho com a Cia. do Abração, lembrar da minha infância era sinônimo de lembranças tristes, quase adultas, como se eu nunca houvesse sido criança. Porém aos poucos, lembranças há muito esquecidas estão vindo a tona. Lembranças de um a infância longínqua de muitas aventuras em meio a quentes quintais e misteriosas matas, repletas de seres mágicos que embalaram meus sonhos de criança do interior de Minas Gerais.
Tem sido um balsamo recordar dessa fase doce de minha vida. Por muito tempo me senti alijada da infância.

Ontem coincidentemente, na casa de uma amiga, me deparei com um texto de Roberta Faria – Editora chefe da revista Sorria, falando exatamente desse assunto e que transcrevo um trecho aqui na ânsia de compartilhar sua delicadeza e importância para o trabalho que estamos desenvolvendo em busca de sentido verdadeiro, sentido que emprestamos a partir de nossos experiências vividas, agregando a obra de arte uma importância única. Assim:

“Um dia, a idéia apareceu, e pronto: De repente, eu soube que, se escavasse um buraco bem fundo na areia do parquinho, iria encontrar água. Não essa de poça: água azul-clarinha, transparente, como de piscina, cheia de flores e peixes coloridos. Então, mergulharia no buraco. Nadando entre os cavalos marinhos, chegaria ao lago. Lá o arco-íris do céu nunca sumia, a água clarinha da cachoeira caia sem machucar, podia ir na roda gigante e comer cachorro quente até cansar. Mais ninguém morava ali, só os unicórnios. Tinha certeza absoluta de que este lugar era real. Podia descrevê-lo em detalhes, sentir seus cheiros, cores e sons. Em todos os meus recreios dos meus 6 anos me punha a cavar. Imaginar é o maior dos superpoderes. Se não dá vida aos sonhos, ao menos nos deixa mais perto das vidas que sonhamos ter. E faz tudo ser possível outra vez”.

Sinto falta de verdades inquestionáveis assim. De tanto nos dizerem que não dá, não pode, não existe, desaprendemos a imaginar o impossível. Passamos a duvidar dos sonhos. Retornar e essas lembranças fortalece minha crença nos sonhos. E sonhos compartilhados, sabemos, são ainda mais poderosos.

Como meta coreográfica, me coloco o desafio de trabalhar, utilizando como suporte também para a preparação física, a técnica do bale clássico, vislumbrando muitos deslocamentos espaciais leves, giros, saltos e conduções corporais em duplas, trios ou quartetos, sempre com muita delicadeza, agilidade e destreza próprias da dança clássica que possam contribuir/colocar-se a serviço de contar uma história. Tarefa que pretendo desenvolver buscando comunicação, beleza, magia e brincadeira. Será que eu consigo? Baita desafio! Ufa, não estou sozinha, trabalharemos juntos!
Também trabalhando na busca de aproveitar o potencial de cada ator, a partir do material que iremos levantar através do ensaios, pretendo juntar a técnica perfeita do bale clássico acompanhada do sonho de toda criança de voar nas pontas dos pés, a mágica proposta através da criação de personagens/corpos imaginários, que possam nos conduzir à criança de cada um de nós e assim, através dessa cumplicidade, despertar a curiosidade e o interesse das crianças com as quais iremos compartilhar esta história.

A preparação física irá exigir dos atores interesse e dedicação para que eles possam, através da assimilação da técnica, aliada a criação corporal e coreográfica, aproveitar o material treinado/criado inserindo-o em seus improvisos de cenas. Os atores poderão ainda aproveitar esse repertório de movimentos como ponto de partida para a construção desses seres mágicos que saem debaixo da cama do quarto de Albertinho. Será esse o início de tudo ?!?!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Inventadas Num Papel

Numa folha de papel nasce um sonho intrigante

Um sonho de voar através das nuvens, através dos horizontes.

Um sonho que poderá ser de tantos, de tantos Santos,

De Santos Dumont.

Menino curioso, inventou, projetou o que todos sonhavam ter.

Pipas, balões, dirigíveis e aviões: a liberdade de viver

Um sonho antes “impossível” afirmou - Voar como os pássaros no ar - como tantos, de tantos Sonhos,

De Sonhos Dumont.

Seres encantados, catalogados e numerados foram esboçados

A partir da observação da natureza e dos livros de Verne nunca abandonados

Que na infância serviram de motivação para concretização de tantos, de tantos Planos,

De Planos Dumont.

A magia da imaginação trouxe a confiança que transformou o medo de errar

Na coragem de um jovem que lutou com esperança mesmo após falhar

E para que a falha nunca fosse um obstáculo ousou na vida como tantos, de tantos Loucos

De Loucos Dumont.

Viajar num balão, num dirigível ou num avião é encurtar distancias

Também é transportar pessoas, culturas de todas as idades com suas importâncias

É acreditar na força de quando se compartilha sonhar é encantar a tantos, de tantos Cantos,

De Cantos Dumont.

Mas mesmo com a cabeça nas nuvens a pairar

Seus pés estavam sempre no chão a enraizar

Porque sua fé aliada com a vontade de superar despertou em tantos um Santos Dumont...

E estes tantos transformaram o mito da Aviação no símbolo que encantou gerações

Gerações inspiradas a inventar SONHOS, PLANOS LOUCOS DE TODOS OS CANTOS de todas as nações.

Mas em especial Curitiba, num lugarzinho no meio de tantos outros no mapa

Abriga a Cia. do Abração que em sua história encontra e quer encontrar TANTOS, TANTOS ARTISTAS

COMO ARTISTAS SANTOS DUMONT.



Por Aline (NEGRA) Silva

quarta-feira, 17 de março de 2010

A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA, O PRIMEIRO VÔO...

Aos amigos que aqui virão dividir sua primeira experiência quero primeiramente agradecer nossa viagem e compartilhar o meu vôo...

Primeira tentativa dia 15/03/2010 ás 19h30 na sala Simone Pontes na Cia. do Abração acontece o primeiro milagre: Nós , os artistas, mostramos nossas asas e...Voamos! E é este vôo que a seguir vou falar... (rs) Voei quando percebi que o que me tira do chão é quando QUERO ultrapassar meus limites e desprender-me da forma, do racional, para ir longe e chegar na abstração do vôo formado pelo sons, pelo corpo, pelo espaço, pelo outro. Para voar é preciso ter dois pés inteiros no chão para que não me disperse com as nuvens ou tenha uma dura queda no chão. Sei que a vida é feita de tombos e desses tombos ambiciona-se ir mais longe. Mas prefiro ter consciência do que serão estes tombos... Equilibrar-se é o jogo instalado neste dia! E estou me acostumando com a idéia de estar neste equilíbrio pois a tendência é minha ansiedade dominar e do céu eu ir direto para o chão...Creio que o exercício de Ballet até os sons dos pigmeus afloraram um rito sagrado do qual a criatividade era oferecida na taça da alegria. E dessa loucura embriagante , nós, todos, alçamos nosso primeiro vôo...E sei que vamos mais longe... vamos SOBREVOAR esse mundão!!!

"O sonhador tem sempre uma nuvem a transformar. A nuvem nos ajuda a sonhar a transformação."

Gaston Bachelard