SINOPSE
Sobrevoar aborda Santos Dumont como a criança, não aquela de sua infância datada no final do século XIX, mas aquela atemporal que sonha, persiste e realiza. Uma história de descoberta do "eu" que busca ser livre à revelia das convenções sociais. Personagens, que compreendem a magnitude do risco de alçar vôos, sem pensar em limites. Vencer os obstáculos impostos pelo espaço. Esta é a inspiração que nos fornece Santos Dumont.
As quedas sofridas por Santos Dumond, durante sua trajetória, na busca das conquistas de seus experimentos aeronáuticos, são o fio condutor do roteiro desenvolvido, em criação coletiva com atores e equipe de criação, método que a Cia. desenvolve em todas as suas produções.
No espetáculo, quatro personagens, com espírito de criança, habitam um espaço imaginário e atemporal, um lugar onde todas as brincadeiras e experimentos co-habitam. Um espaço onde os sonhos se tornam possíveis, que interliga céu e terra, um istmo entre o sonho e sua realização.
O
menino que sonhou voar: Albertinho e o céu de Paris
“SobreVoar” fala do menino Albertinho, seus
sonhos, medos, desafios, obstáculos, persistência, coragem e as realizações que
o levaram ao céu de Paris, cidade que o reconheceu como Santos Dumont, um
brasileiro inventivo e destemido. “SobreVoar” mostra Santos Dumont criança, na
figura do menino Albertinho Dumundo. Ele, como tantas outras crianças, é
apresentado como um menino que vive numa dimensão atemporal de sonho, onde após
inúmeras tentativas, quedas e muita coragem para recomeçar e persistir,
consegue realizar o seu desejo de voar, acreditando que sempre é possível
realizar seus sonhos, mesmo quando as dificuldades aparecem instransponíveis ou
irrealizáveis.
Entre travesseiros, edredons,
chapéus e uma mágica cama, o menino dialoga com instigantes personagens: os “Engenheiros
do Sonho”, que habitam o seu imaginário, uma improvável lagarta que sonha voar
até a lua e as figuras desafiadoras da “Dúvida”, da “Curiosidade”, da “Vaidade”
e da “Coragem”, além de incrédulos franceses que se curvaram, depois, diante do
que ele mostrou ao redor da Torre Eiffel e no céu de Paris.
O tempo é assinalado por um
relógio “maluco” que pontua as ações dos personagens e dá saltos atemporais e
inusitados nas descobertas que Albertinho faz e que revelam como ele conseguiu
transformar a vaidade em um instrumento de improvisações e de inventividade.
Todos os atores, em momentos especiais da montagem, vivem a experiência de
serem Albertinho Dumundo.
“SobreVoar” é o sexto espetáculo
montado pela Cia. do Abração para crianças de todas as idades e se realiza com
a parceria da Céu Vermelho Produções. A direção é de Letícia Guimarães e tem no
elenco João Teotônio, Kamila Ferrazzi, Juliana Cordeiro e Edgard Assumpção. O
texto foi produzido em processo colaborativo pelos atores com supervisão de
dramaturgia de Letícia Guimarães.
A Cia. do Abração desde sua
fundação vem se especializando em produção de espetáculos para crianças, hoje,
somando 11 espetáculos direcionados a este público, em repertório ativo. Da
mesma forma, a peça SOBREVOAR, para Crianças de Todas as Idades, destina-se,
preferencialmente, a este público, ressaltando a nossa crença que à criança
deverão ser oferecidas várias possibilidades de produtos culturais, de espaços
culturais para que ela amadureça sua visão, para que ela contraponha o que
conhece com o que desconhece. Para que ela, principalmente, tenha despertada a
sua sensibilidade para perceber-se, para perceber o outro, enfim, para perceber
o mundo que a rodeia.
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