segunda-feira, 29 de março de 2010
SEJA AUDACIOSO: NUNCA DEIXE DE VOAR!!!
quarta-feira, 24 de março de 2010
Passageiros de um Sonho
Contato Imediato (Arnaldo Antunes)
Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear
No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal
Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer
Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou
Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você
No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu
Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação
Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador
Bom fica nosso convite para essa viagem, mas eu pergunto:
Para onde vamos?
Felipe Custódio
PRIMEIRO CONTATO
Me pego a recordar como meus projetos, minhas invenções
Trouxeram outras idéias que compartilhei com outras nações
Conto a vocês talvez em forma de metáfora meu destino
Que antes nunca tinha percebido
Sobre a DÚVIDA criei o impossível
Fiz o homem voar no impulso de meu sentido
Sentido este que me faz aterrissar quando penso que as barreiras qualquer um pode ultrapassar.
Pois bem, este sentido parece meio complicado
Algo criado por um cientista, algo friamente calculado
Porém, eu diria que seria mais simples, algo mais leve
Como um sopro quente e breve
De uma brisa que as nuvens carregam
E as dores do SILÊNCIO levam
Eu me lembro muito bem
Numa tarde SILENCIOSA como qualquer outra
Cortado pelo zumbido de uma senhora bem louca
Era pequena, rápida, esguia e bela
Apresento a você sua alteza: LIBÉLULA
Talvez aquela tarde não teria sido tão diferente
Se não fosse aquelas lindas borboletas
Ao posar nas cheirosas violetas
Chamando atenção minha e de vossa alteza...
A leveza e a velocidade das borboletas
Formando desenhos intricados de rara beleza
Trouxeram felicidade a sua alteza
Porém ficou triste ao perceber
Que maltratavam um pequeno ser
Que lutava para ver o céu entre as folhagens da relva
Só para ver o céu mais de perto, talvez sair daquela selva...
- Porque queres voar pequenina?
Se é um pequeno inseto sem serventia?
Falou uma das borboletas
Quieta analisou-as, olhou novamente para o céu azulado
E decidiu que a elas iria dar o trocado
- Um dia inventarei asas pra voar
Elas não perdem por esperar...
Ali observando aquelas palavras fiquei sentado
Vendo aquela situação preferi não interferi e ficar calado
O pequeno ser era uma lagarta miúda verde e sem graça
Que a todos servia de piada.
Achava que os pássaros, as borboletas eram símbolo de LIBERDADE
E decidiu inventar asas para desvendar tal verdade...
- Como começar? Como fazer-me voar?
Indagou-se a pequena lagarta faceira
- Acho que vou começar com as folhas de bananeira
No qual sei que vão funcionar!
E vi a tentativa frustrada do pequeno a saltar!
E lá estava a ela no chão a esborrachar...
Neste momento quando todos riam de sua tentativa
Só pensava que poderia ter outra idéia noutro dia, e noutro dia...
Até que um dia pudesse a aposta conseguir.
Acompanhei todas as suas tentativas de abrir asas e sair
E num dia igual a este quando fui vê-la
Estava ela com um pequeno balão de teia
Feita pela dona Aranhia e suas amigas....
Ela estava voando, na altura dos pássaros
Acima das borboletas ao lado de sua alteza
LIBÉLULA também conhecida como princesa
Das águas e dos ares do reino das realezas...
Entendi sua alegria por todos aqueles olhares
De inveja, ou repreensão por ver que a lagartinha
Finalmente voar conseguiria...
Mas quando estava a pairar sobre as arvores
Sentiu uma dor estranha naquela tarde
E decidiu seu balão pousar...
Recolheu-se para sua casa, seu casulo
E de lá não quis voltar...
As borboletas, os pássaros e sua Alteza
Ficaram intrigados por tal estranheza
E decidiram visitar a lagarta para ver se a ela algo melhorava...
Nada mudou por semanas e eu fiquei ali tentado entender
O que estava acontecendo com aquele pequeno ser...
Num dia quando voltei da escola, voltei correndo pra ver
Se algo mudara naquele pequeno ser...
E sim....Havia uma grande festa pois surgira no meio da floresta
A borboleta mais linda que todos já tinham visto falar
Mas não pude acreditar que esta seria aquela pequena lagartinha a se transformar...
E neste momento de festa ponho-me a perguntar:
Será que as borboletas lembram que já foram uma lagarta?
Será que a lagarta sabe que um dia vai voar?
domingo, 21 de março de 2010
Sonhos e Metas
Tem sido um balsamo recordar dessa fase doce de minha vida. Por muito tempo me senti alijada da infância.
Ontem coincidentemente, na casa de uma amiga, me deparei com um texto de Roberta Faria – Editora chefe da revista Sorria, falando exatamente desse assunto e que transcrevo um trecho aqui na ânsia de compartilhar sua delicadeza e importância para o trabalho que estamos desenvolvendo em busca de sentido verdadeiro, sentido que emprestamos a partir de nossos experiências vividas, agregando a obra de arte uma importância única. Assim:
“Um dia, a idéia apareceu, e pronto: De repente, eu soube que, se escavasse um buraco bem fundo na areia do parquinho, iria encontrar água. Não essa de poça: água azul-clarinha, transparente, como de piscina, cheia de flores e peixes coloridos. Então, mergulharia no buraco. Nadando entre os cavalos marinhos, chegaria ao lago. Lá o arco-íris do céu nunca sumia, a água clarinha da cachoeira caia sem machucar, podia ir na roda gigante e comer cachorro quente até cansar. Mais ninguém morava ali, só os unicórnios. Tinha certeza absoluta de que este lugar era real. Podia descrevê-lo em detalhes, sentir seus cheiros, cores e sons. Em todos os meus recreios dos meus 6 anos me punha a cavar. Imaginar é o maior dos superpoderes. Se não dá vida aos sonhos, ao menos nos deixa mais perto das vidas que sonhamos ter. E faz tudo ser possível outra vez”.
Sinto falta de verdades inquestionáveis assim. De tanto nos dizerem que não dá, não pode, não existe, desaprendemos a imaginar o impossível. Passamos a duvidar dos sonhos. Retornar e essas lembranças fortalece minha crença nos sonhos. E sonhos compartilhados, sabemos, são ainda mais poderosos.
Como meta coreográfica, me coloco o desafio de trabalhar, utilizando como suporte também para a preparação física, a técnica do bale clássico, vislumbrando muitos deslocamentos espaciais leves, giros, saltos e conduções corporais em duplas, trios ou quartetos, sempre com muita delicadeza, agilidade e destreza próprias da dança clássica que possam contribuir/colocar-se a serviço de contar uma história. Tarefa que pretendo desenvolver buscando comunicação, beleza, magia e brincadeira. Será que eu consigo? Baita desafio! Ufa, não estou sozinha, trabalharemos juntos!
Também trabalhando na busca de aproveitar o potencial de cada ator, a partir do material que iremos levantar através do ensaios, pretendo juntar a técnica perfeita do bale clássico acompanhada do sonho de toda criança de voar nas pontas dos pés, a mágica proposta através da criação de personagens/corpos imaginários, que possam nos conduzir à criança de cada um de nós e assim, através dessa cumplicidade, despertar a curiosidade e o interesse das crianças com as quais iremos compartilhar esta história.
A preparação física irá exigir dos atores interesse e dedicação para que eles possam, através da assimilação da técnica, aliada a criação corporal e coreográfica, aproveitar o material treinado/criado inserindo-o em seus improvisos de cenas. Os atores poderão ainda aproveitar esse repertório de movimentos como ponto de partida para a construção desses seres mágicos que saem debaixo da cama do quarto de Albertinho. Será esse o início de tudo ?!?!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Inventadas Num Papel
Numa folha de papel nasce um sonho intrigante
Um sonho de voar através das nuvens, através dos horizontes.
Um sonho que poderá ser de tantos, de tantos Santos,
De Santos Dumont.
Pipas, balões, dirigíveis e aviões: a liberdade de viver
Um sonho antes “impossível” afirmou - Voar como os pássaros no ar - como tantos, de tantos Sonhos,
De Sonhos Dumont.
Seres encantados, catalogados e numerados foram esboçados
A partir da observação da natureza e dos livros de Verne nunca abandonados
Que na infância serviram de motivação para concretização de tantos, de tantos Planos,
De Planos Dumont.
A magia da imaginação trouxe a confiança que transformou o medo de errar
Na coragem de um jovem que lutou com esperança mesmo após falhar
E para que a falha nunca fosse um obstáculo ousou na vida como tantos, de tantos Loucos
De Loucos Dumont.
Viajar num balão, num dirigível ou num avião é encurtar distancias
Também é transportar pessoas, culturas de todas as idades com suas importâncias
É acreditar na força de quando se compartilha sonhar é encantar a tantos, de tantos Cantos,
De Cantos Dumont.
Mas mesmo com a cabeça nas nuvens a pairar
Seus pés estavam sempre no chão a enraizar
Porque sua fé aliada com a vontade de superar despertou em tantos um Santos Dumont...
E estes tantos transformaram o mito da Aviação no símbolo que encantou gerações
Gerações inspiradas a inventar SONHOS, PLANOS LOUCOS DE TODOS OS CANTOS de todas as nações.
Mas em especial Curitiba, num lugarzinho no meio de tantos outros no mapa
Abriga a Cia. do Abração que em sua história encontra e quer encontrar TANTOS, TANTOS ARTISTAS
COMO ARTISTAS SANTOS DUMONT.
Por Aline (NEGRA) Silva
quarta-feira, 17 de março de 2010
A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA, O PRIMEIRO VÔO...
"O sonhador tem sempre uma nuvem a transformar. A nuvem nos ajuda a sonhar a transformação."
Gaston Bachelard